sábado, 1 de fevereiro de 2014


No conhecido livro O Pequeno Príncipe história criada por Antoine de Saint-Exupéry, o autor que conheceu o Baobá aqui no Brasil, em Pernambuco, coloca o pé de Baobá como uma ameaça, "um baobá, se a gente custa a descobri-lo, nunca mais se livra dele." Certamente o autor utilizou a volumetria do Baobá para representar todos os sentimentos e atitudes que prejudicando algo ou a alguém, são potencialmente capazes de tornar imprestável o nosso universo interior e exterior. Temos que ter a grandiosidade de um Baobá nas boas ações. Assim teremos um mundo mais civilizado.



Em 2008 mergulhado na pesquisa para a criação do Memorial do Complexo Cultural Fazenda Machadinha, em Quissamã, tive a oportunidade de viajar até a Angola/África, onde me impressionou a grande quantidade de Baobás, lá chamados de Embondeiros. Esta árvore na Angola é, até hoje cultuada e preservada pela população.





Minha relação com o Baobá teve início quando há uns 15 anos atrás, conheci o espécime localizado na cidade de Quissamã, onde hoje funciona o Museu Casa Quissamã. Logo no início me chamou a atenção a grandiosidade desta árvore, mesmo que na época não fazia ideia de sua importância histórica.




O Baobá campista é uma árvore de origem africana e está localizada na Av. José Alves de Azevedo (Beira Valão). Existem poucas árvores como esta no Brasil, sendo que a sua maioria foi plantada pelos escravos oriundos da Angola. Podem durar até 6 mil anos e seu tronco chegar a 30 metros de diâmetro. Podemos deduzir que esta de Campos ainda é uma jovem árvore, podendo ter cerca de 150 anos. Possui grande simbologia mística africana. Fotos e Pesquisa: Wellington Cordeiro










e pesquisa: Wellington Cordeiro

A Localização


Numa reunião do NEABI - UENF na tarde de hoje recebi valiosas dicas a cerca da existência de um Baobá aqui em Campos, por intermédio da professora Tete Peixoto. Duvidei a princípio por nunca ter ouvido falar nem ter visto registro algum sobre isso. Sai da universidade diretamente para o local indicado, a Avenida José Alves Azevedo (Beira Valão) e para a minha surpresa e euforia, lá estava ele, um grandioso pé de Baobá, que pra quem não conhece é uma árvore de origem africana com poucos exemplares desta árvore no Brasil. Na sua maioria estas árvores são fruto da iniciativa dos negros angolanos que ao virem como escravos para o nosso país, trouxeram sementes e aqui plantaram. Aqui na região só existia o conhecimento do Baobá do Museu Casa Quissamã, antiga residencia rural do Visconde de Araruama, no município de Quissamã. Pra mim foi a maior descoberta recente acerca da cultura Afro em terra goytacá.

Inauguração do Blog

Blog: Baobá Campista


Este blog tem a intensão de concentrar informações a cerca do Baobá localizado na cidade de Campos dos Goytacazes - Beira Valão, próximo a Av. Artur Bernardes. Como também aglutinar um movimento para que a grande árvore possa ser preservada, seja por meio de tombamento como patrimônio histórico, mas principalmente por ações que a protejam e publicitem seu valor histórico.